O sonho de um eterno entusiasta

Em setembro de 1969, foi fundada a fabricante de automóveis brasileira, com o ideal de produção totalmente no Brasil.  Inicialmente produzindo Karts e minicarros para crianças, o primeiro modelo foi o Bugue Ipanema utilizando um motor Volkswagen.

O empresário e engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, montou em São Paulo a primeira fábrica de carros que levava o seu nome e mudou sua sede para Rio Claro em 1975 para atender grandes demandas, chegando a produzir em torno de 30 mil veículos totalmente brasileiros.

O sucesso instantâneo dos veículos e da marca de seu ao fato de não haver concorrentes à altura no mercado, pois o Brasil tinha uma restrição à importação de veículos automotores. Sendo os outros modelos muito caros e apresentavam alto custo de manutenção e consumo.

 

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Se tornando o primeiro exportador na categoria de veículos especiais e o segundo em produção e faturamento. E com sua mente empreendedora, o Sr. Gurgel, fundou a unidade de negócios, era o Gurgel Trade Center numa importante avenida da capital paulista. Havia um escritório executivo e um grande salão de exposição, além de um centro de apoio técnico aos revendedores.

 

Em 1979, toda a linha de produtos foi exposta no Salão o Automóvel de Genebra, onde o jipe brasileiro teve boa recepção. OExército Brasileiro era seu principal cliente, comprando em torno de 10 mil veículos ao mês. Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um carro econômico, barato e 100% elétrico para os centros urbanos, sendo chamado de louco por muitos e visionário por outros.

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A empresa havia batido seu recorde de vendas, quando comercializou 3.746 carros em 1991, mas caiu para 1.671 em 1992 devido à greve de funcionários da alfândega brasileira em 1991, que impediu a chegada de componentes da Argentina. A quebra no ritmo de produção quebrou o fluxo de caixa da empresa e as dívidas se acumularam. Portanto, sem apoio do governo, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993. Em uma última tentativa de salvar a fábrica, em 1994, foi feito um pedido ao governo federal para um financiamento de 20 milhões de dólares à empresa, mas este foi negado, e a fábrica foi declarada falida em 1994.

Desde o fim da empresa, a fábrica de Rio Claro ficou nas mãos de um escritório em São Paulo. A Gurgel deixou um lastro mais de 20 Bilhões em Ações Preferenciais Nominativas. Não Pagando dividendos e bonificações prometidas a nenhum de seus acionistas.

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